







"Mario Cravo Neto nasceu em 1947 na cidade de Salvador, Bahia, onde hoje vive e trabalha. Criado no ambiente artístico de sua cidade natal, inicia suas primeiras experiências em escultura e fotografia aos dezoito anos de idade. Nesta época, o seu pai o escultor Mario Cravo Júnior, tendo sido convidado para tomar parte no programa "Artists in Residence" patrocinado pela "Ford Foundation" e o Senado de Berlim Ocidental, viaja para a Alemanha com toda a família. É em Berlim que Mario Cravo Neto, além de dedicar a maior parte do seu tempo ao trabalho criativo, experimenta o contato com artistas e intelectuais vindos de outras partes do mundo. As viagens à Espanha e à Itália empreendidas por sua família e o contato direto com os artistas Emilio Vedova e o fotógrafo Max Jakob, tambem residentes em Berlim, alargam os horizontes do jovem Mario Cravo Neto. Retorna ao Brasil em 1965 e finaliza seus estudos secundários. Em 1968, muda-se para New York para estudar na Art Student League sob a orientação do artista plástico Jack Krueger, um dos precursores da arte conceitual em New York. Este período de dois anos foi de importância fundamental para o delineamento de sua vida futura como homem e artista. São desta época, as séries de fotografias em cores intituladas "On the Subway" e as fotografias em preto e branco relacionadas ao aspecto da solidão humana na grande metrópole. É em seu estúdio no Soho que desenvolve, paralelo à fotografia, as esculturas em acrílico, baseadas no processo do "terrarium" que envolve o crescimento de plantas vivas em ambientesfechados. Retorna ao Brasil em 1970, vítima de um esgotamento nervoso e pela primeira vez mostra na IX Bienal Internacional de São Paulo a instalação das esculturas vivas realizados em New York. Devido ao acidente automobilístico no dia 31 de março de 1975 Mario Cravo Neto interrompe a sua atividade profissional e é forçado a permanecer na cama com ambas as pernas quebradas. Após o período de um ano de convalescença e, impedido de dar continuidade às suas pesquisas anteriores, direciona a sua atenção para a fotografia de estúdio e começa a utilizar nas suas instalações os objetos achados, íntimos do seu cotidiano. São desta fase a continuidade do trabalho que o artista vem mostrando no Brasil e no exterior. Fora seu trabalho fotográfico em preto e branco, Mario Cravo Neto publica seus dois livros mais recentes: SALVADOR, com cento e oitenta fotografias coloridas de página inteira, e texto de Jorge Amado, Padre Antônio Vieira e Wilson Rocha. LARÓYÈ , com cento e quarenta fotografias em cores de pagina inteira e texto de Edward Leffingwell e Mario Cravo Júnior. The Eternal Now (2002) é a mais completa monografia da obra em preto e branco do artista, com 136 fotografias em preto e branco e texto de Edward Leffingwell. Na Terra sob Meus Pés (2003), com 55 imagens digitais, em cores e em preto e branco, e texto de Ligia Canongia, direciona o trabalho do artista a uma perspectiva ainda mais abrangente. Trance-Territories (2004) contém 88 fotografias realizadas no Axé Opó Aganju e textos de Ildásio Tavares e do autor. O Tigre do Dahomey – A Serpente de Whydah (2004) traz 59 fotografias sobre a temática mencionada, com textos de Mario Cravo Junior, escultor e pai do fotógrafo, Ildásio Tavares, poeta e Otun Oba Aré do Axé Opô Afonjá, e do próprio autor".
Texto: BolsadeArte Imagens: CravoNeto Website
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Bjos
Valdemir Reis